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Automobilismo Brasil entrevista Giulio Borlenghi (Brasileiro de Turismo)

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Borlenghi esteve presente no grid do Campeonato Brasileiro de Turismo na temporada 2017, vestindo as cores da Full Time Academy

2018 já começou e iniciaremos esse ano com mais uma nova entrevista para o site, fortalecendo nossa ala do automobilismo. Dessa vez, tivemos a oportunidade de bater um papo com o paulista Giulio Borlenghi durante a última etapa do Campeonato Brasileiro de Turismo no Autódromo de Interlagos em São Paulo, ele que foi um dos membros da equipe Full Time Academy no ano de 2017.

Imagem: Marcus Cicarello
Considerando a trajetória da maioria dos pilotos que desejam se tornar profissionais, Giulio começou tarde. Porém, nada disso o impediu de obter bons resultados logo no inicio de sua carreira. Em 2013, ainda na jornada do kart, foi campeão da Taça de Prata – Super F4, indo conquistar em seguida a Copa São Paulo, onde foi vice-campeão na categoria PRO 500 e campeão na PRO 500 Light. Nos anos seguintes (2014 e 2015), foram 5 vice-campeonatos conquistados para seu currículo.
Partindo pra sua carreira no automobilismo, a Legend Car, categoria norte americana para iniciantes em carros de turismo, foi seu primeiro passo dentro desse meio. Fez sua estréia no traçado oval de Anderson, localizado na Carolina do Sul no dia 18 de Março de 2016.

O piloto paulista subiu alguns degraus e partiu para a FARA USA, onde conquistou seu primeiro pódio após guiar uma Ginetta G55, modelo que ultrapassa os 350 cavalos.
                                             
Ele não parou por ai, seguindo então para a vitória da Miami 500 no traçado do Homestead Motor Speedway, sendo essa a estréia do protótipo G57; tendo como companheiro de equipe o britânico Mike Simpson.

Na segunda etapa do calendário, Giulio voltou a guiar o G57, novamente no circuito de Homestead. Dessa vez sua dupla seria outro piloto brasileiro, Artur Fortunato. Os dois brazucas tiveram um ótimo desempenho e subiram ao topo do pódio novamente.

Giulio retornou a Flórida para a quarta etapa na prova Memorial 500, onde junto a Valter Pinheiro, terminaram na quinta posição na classificação geral.    

Nesse meio tempo no primeiro semestre de 2017, Borlenghi fez sua estréia no Campeonato Brasileiro de Turismo, esse que viria a ser o mais desafiante de sua carreira até então.

Na segunda etapa em Santa Cruz do Sul, garantiu a P3 ao fim da primeira bateria. Em Londrina, Giulio conquistou a vitória pela primeira vez na nova categoria. Ao fim da temporada, terminou na nona colocação do campeonato com 99 pontos.

Automobilismo Brasil: Quais foram as principais dificuldades encontradas desde que você começou a correr?

Giulio: Quando você sai do kart é uma transição muito grande para um carro, principalmente no carro do Turismo, que tem suas características bem peculiares. Não é só aprender a dirigir um carro, é aprender a dirigir o carro do Turismo. Tive que dar vários passos de uma vez só; como eu disse, não tive um degrau anterior pra chegar na categoria. E outro fator que complica muito são os poucos treinos que dão pra fazer, além dos custos. A gente tem que aproveitar o máximo que der em poucos treinos que tem, isso dificulta, deixando o aprendizado mais longo.


Automobilismo Brasil: E o quanto o seu pai, que era piloto, te influenciou em entrar nesse meio do automobilismo?

Giulio: Influenciou bastante, ele corria na Fórmula Truck. Quando eu era pequeno assistia as corridas, mas ainda não entendia muito. No fim, acabei pegando o gosto; desde então sou viciado em simulador, em jogos de corrida, Fórmula 1 pra videogame. Tudo isso influenciou, pra que hoje eu decidisse que é isso que eu quero seguir pra minha carreira.

Automobilismo Brasil: Até hoje, qual foi a melhor lembrança da sua carreira?

Giulio: Minha melhor lembrança, sem dúvida foi minha primeira vitória esse ano em Londrina. Foi espetacular porque quase nenhum estreante, que eu me lembre, nenhum conseguiu vencer em seu primeiro ano na categoria. Acho que eu e o Gaetano fomos os únicos a vencer no primeiro ano correndo na categoria. Foi demais, algo além das nossas expectativas pro primeiro ano.

Automobilismo Brasil: Nesse tempo em que você está no Brasileiro de Turismo, como vem sendo sua adaptação ao carro da categoria?

Giulio: Eu acho que vem sendo boa, até porque é o meu primeiro ano não só no Brasileiro de Turismo, mas em qualquer categoria de carros. Normalmente os pilotos fazem um primeiro passo antes de virem para o Turismo, e eu não tive essa adaptação. Pelo contrário, andei muito pouco nos Estados Unidos e já vim pra cá. Acho que vem sendo boa, até porque o primeiro ano da equipe na categoria; tanto eu como a equipe evoluímos muito esse ano, e apesar de não ter tido todos os resultados que a gente queria, foi um ano de muita emoção. 

Automobilismo Brasil: Em 2018, com a mudança para a Stock Light, você irá continuar correndo ou vai mudar de categoria?

Giulio: O nosso plano é chegar na Stock Car em 2019. Não renovamos nada para o ano que vem, mas acho que está bem encaminhado. Devemos continuar na categoria, na mesma equipe; ano que vem, talvez fazer uma categoria secundária. 

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