Automobilismo
Pierre Gasly vence corrida maluca em Monza
Grande Prêmio da Itália é marcado por festa italiana, só não foi da Ferrari
Foi uma corrida em que ninguém poderia prever. Lewis Hamilton (Mercedes) largou na frente e logo abriu uma boa distância para Carlos Sainz (McLaren) que ultrapassou Valtteri Bottas (Mercedes) que mais uma vez largou mal e se viu perdido no meio do pelotão, perdeu posições para Lando Norris (McLaren), Sergio Pérez (Racing Point) e Daniel Ricciardo (Renault).
Enquanto Hamilton liderava com tranquilidade, Max Verstappen (Red Bull) largou em quinto, caiu para sétimo e depois para oitavo, mas se recuperou, passou Stroll (Racing Point), assumiu a sétima posição e começou a caça pela sexta posição, até então ocupada por Bottas.
Mais atrás Sebastian Vettel (Ferrari) tentava para se manter na décima sétima posição, segurando George Russell (Williams) até que os freios falharam e o alemão passou reto na chicane e foi obrigado a deixar a prova com apenas seis voltas. O companheiro de Vettel, Charles Leclerc estava se segurando na décima terceira posição, até a décima sétima volta quando viu Alexander Albon (Red Bull) o ultrapassar.
Mas foi na vigésima volta que a corrida começou a mudar de rumo. Kevin Magnussen (Haas) estacionou na grama e o safety car entrou na pista para que o carro pudesse ser retirado.
Com a entrada do carro de segurança, Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) e Lewis Hamilton rapidamente entraram nos boxes. Seria o mais certo, aproveitar a entrada do carro de segurança para fazer a troca dos pneus e não perder muitas posições, como em toda corrida. Não dessa vez, as duas equipes se precipitaram e foram punidas com uma parada no box, sem ninguém tocar o carro, por 10 segundos, porque os boxes ainda estavam fechados.
“Nós como equipe dentro (do box) não sabemos que o pit lane está fechado, estamos todos concentrados para a parada, mandamos os mecânicos para fora, todos os engenheiros estão de costas para o pit lane. Um dos nossos engenheiros então vê no sistema de comunicação que o pit lane estava fechado. Mas não existem sinalizações laranjas ou amarelas indicando que estava fechado, que poderíamos ter visto. A penalização é o que é, mas é algo que podemos ver com os comissários para melhorar”, disse o chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff.
Na volta 24 o carro de segurança deixou a pista e a corrida recomeçou, com Hamilton ainda na ponta, Stroll em segunda e Pierre Gasly (Alpha Tauri) em terceiro. Uma volta depois Charles Leclerc perdeu a traseira do carro ao errar na parabólica e acabou no muro. Novamente o carro de segurança entrou na pista, mas foi necessário parar a corrida com um bandeira vermelha para o resgate do carro pudesse ser feito. O piloto monegasco saiu andando e sem ferimentos, levando a um fim prematuro do domingo para a equipe de Maranello.
“Eu perdi a traseira, foi um erro meu, mas mesmo antes disso já era uma corrida difícil, com problemas no equilíbrio do carro. Estou agradecido em sair do carro sem ferimentos, certamente é um momento difícil, mas estou ansioso para Mugello e quem sabe ter um final de semana melhor”, relatou Leclerc.
A corrida recomeçou vinte e cinco minutos depois, com uma relargada parada no grid. Com a punição a cumprir, Hamilton fez duas voltas e entrou no box. Com isso, Pierre Gasly que já tinha ultrapassado Stroll na relargada, assumiu a primeira posição. Enquanto isso, o piloto britânico voltou à pista em décimo sétimo.
O dia também não foi bom para Max Verstappen, que se viu obrigado a abandonar a corrida com problemas na unidade de potência. O companheiro do holandês, Alexander Albon também não teve sorte, teve um contato com Gasly logo na largada e depois foi punido por contato com Romain Grosjean (Haas). O tailandês terminou em décimo quinto, à frente apenas de Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo).
Lá na frente Pierre Gasly foi segurando a primeir aposição, enquanto Stroll foi ultrapassado por Kimmi Raikkonen (Alfa Romeo) e Carlos Sainz. O espanhol depois passou por Kimmi e assumiu a segunda posição e a partir daí tirando tudo que podia do carro para tentar vencer em Monza.
Enquanto isso Hamilton foi batalhando e escalando o pelotão para receber a bandeirada final em sétimo, com o ponto extra de volta mais rápida. Bottas foi quinto.
“Na parada eu fui até os comissários e eles tinham vídeos mostrando que haviam sinais que eu não vi (que o pit lane estava fechado). Eu dei tudo que podia, estou grato pelos pontos que consegui no final. Hoje não era para ser. Agora é olhar para Mugello”, declarou Lewis.
Mesmo com Sainz cada vez mais perto, Gasly venceu o Grande Prêmio da Itália, chegando a primeira vitória na categoria. Stroll completou o pódio em terceiro.
“Honestamente, é inacreditável. Não tenho certeza se tenho noção do que tá acontecendo agora, foi uma corrida louca. Eu passei por tanta coisa nesse período de 18 meses, meu primeiro pódio ano passado e agora a primeira vitória, em Monza. Essa equipe fez muito por mim, me deu minha primeira oportunidade na Fórmula 1, meu primeiro pódio ano passado e agora minha primeira vitória. È muito maluco, estou muito feliz, não vou conseguir agradecer eles o suficiente”, revelou o vencedor.
“Estou um pouco frustrado com o P2. Mas não dava para imaginar que estaríamos brigando pelo primeiro lugar. Mas no geral, estamos felizes com a segunda posição. Eu senti durante todo o fim de semana que podia dominar o meio de pelotão”, comentou Sainz.
O top 10 teve ainda Lando Norris em quarto, Daniel Ricciardo em quinto, Esteban Ocon em oitavo, Daniil Kvyat em nono e Sergio Pérez em décimo.
Despedida – O Grande Prêmio da Itália foi o último de Claire e a família Williams no comando da equipe britânica, que agora pertence ao grupo de investidores norte-americanos, Dorilton Capital.
“Dorilton queria que eu ficasse. Esta foi minha decisão. Eu senti que me afastar era a decisão certa para mim”, manifestou a agora ex-chefe da Williams, Claire Williams.
A Fórmula 1 continua na Itália, mas segue para a região da Toscana para o Grande Prêmio de Mugello, autódromo que pertence à Ferrari, onde a equipe vai celebrar o seu grande prêmio de número mil, no próximo domingo (13).
Classificação
Pilotos
1. Lewis Hamilton | Mercedes | 164 pontos |
2. Valtteri Bottas | Mercedes | 117 pontos |
3. Max Verstappen | Red Bull Racing | 110 pontos |
4. Lance Stroll | Racing Point | 57 pontos |
5. Lando Norris | McLaren | 57 pontos |
6. Alexander Albon | Red Bull Racing | 48 pontos |
7. Charles Leclerc | Ferrari | 45 pontos |
8. Pierre Gasly | Alpha Tauri | 43 pontos |
9. Carlos Sainz | McLaren | 41 pontos |
10. Daniel Ricciardo | Renault | 41 pontos |
11. Sergio Pérez | Racing Point | 34 pontos |
12. Esteban Ocon | Renault | 30 pontos |
13. Sebastian Vettel | Ferrari | 16 pontos |
14. Nico Hulkenberg | Racing Point | 6 pontos |
15. Daniil Kvyat | Alpha Tauri | 4 pontos |
16. Antonio Giovinazzi | Alfa Romeo | 2 pontos |
17. Kevin Magnussen | Haas | 1 ponto |
18. Nicholas Latifi | Williams | 0 pontos |
19. Kimmi Raikkonen | Alfa Romeo | 0 pontos |
20. Romain Grosjean | Haas | 0 pontos |
21. George Russel | Williams | 0 pontos |
Construtores
1. Mercedes | 281 pontos |
2. Red Bull Racing | 158 pontos |
3. McLaren | 98 pontos |
4. Racing Point | 82 pontos |
5. Renault | 71 pontos |
6. Ferrari | 61 pontos |
7. Alpha Tauri | 47 pontos |
8. Alfa Romeo | 2 pontos |
9. Haas | 1 ponto |
10. Williams | 0 pontos |
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