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Automobilismo

Toyota tem sua 3ª vitória consecutiva nas 24 horas de Le Mans

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Toyota

Pelo terceiro ano consecutivo a Toyota vence as 24 horas de Le Mans dominando a completamente a corrida, enquanto a equipe Rebellion do brasileiro Bruno Senna termina em segundo após problemas em um dos carros da Toyota.

Neste domingo (20), se encerrou a prova de endurance mais famosa do esporte a motor, as 24 horas de Le Mans. Em um ano atípico em virtude da pandemia do COVID-19, a prova aconteceu nos dias 19 e 20 de setembro, ao invés do mês de junho como é tradicional. Devido à pandemia a prova também aconteceu à portas fechadas, sem público, o que obviamente a fez perder um pouco de seu brilho, mas não sua emoção.

Meses atrás foi realizada a primeira edição da Le Mans virtual. A iniciativa foi ótima e trouxe destaque ao automobilismo virtual e aos e-sports, categoria que vem crescendo muito nos últimos anos. Mas o que os fãs queriam era mesmo ver os carros reais na pista na 88ª edição da tradicional corrida.

Antes de começar a ler sobre a corrida, que tal conhecer um pouco mais sobre sua história em nosso artigo https://www.vaiquetotevendo.com/le-mans-2020-o-que-e-le-mans/

Foto: Divulgação WEC

Um total de 59 equipes participaram desta edição, divididas em 4 categorias diferentes: LMP1, LMP2, GTE-pro e GTE-am. Também distribuídos ao longo das 4 categorias, tínhamos 7 pilotos brasileiros participando, muitos deles com ótimas chances de bons resultados. Se quiser conhecer um pouco mais sobre cada um deles não deixe de conferir nosso artigo:  https://www.vaiquetotevendo.com/os-astros-que-levarao-a-bandeira-brasileira-ao-grid-das-24-horas-de-le-mans/ .Mesmo com boas chances, o favoritismo ainda pertencia aos Toyotas, mais precisamente ao carro de número #7 da equipe Toyota Gazoo Racing, pilotado pelo trio Conway / Kobayashi / Lopez. Todavia, em se tratando de Le Mans vale sempre a famosa frase “Le Mans é quem escolhe seus vencedores”, e porque não “escolher” um brasileiro para vencer?

Foto: Divulgação WEC

Como todos os anos, a corrida levou os bólidos ao seu limite. Muitos acidentes aconteceram ao longo das 24 horas de prova, com danos graves aos carros. Logicamente muitos não conseguiram concluir a prova. Era comum ver ao longo da pista o acionamento da chama Slow zone, que se trata de um trecho com velocidade limitada, devido à presença das equipes técnicas para remoção de detritos maiores ou mesmo de um carro. E foi exatamente uma bandeira amarela faltando 20 min para o fim da prova que trouxe uma das disputas mais emocionantes na categoria GTE-am.

A previsão de chuva na madrugada não se confirmou e os carros rodaram o tempo todo com clima seco. A média de pit stops das equipes ao longo da corrida foi de 23 paradas.

Como todos os anos, não são só os pilotos que deram um show em Le Mans. Todas as equipes, engenheiros, mecânicos desafiaram o cansaço, a fome e foram ao limite efetuando reparos quase impossíveis contra o tempo para colocar os carros de volta à pista. Tudo isso faz parte do Show de Le Mans.

Toyota

Foto: Divulgação WEC

 

LMP1

A categoria mais rápida dentre as 4 se despede de Le Mans em 2020 para a entrada da categoria de hipercarros em 2021. Haviam 5 carros correndo.

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Foto: Divulgação WEC

Dos 7 pilotos brasileiros correndo, Bruno Senna era o único na LMP1, e embora cada categoria tenha seu pódio, ainda queremos ver um brasileiro vencendo na categoria geral, e essa era a responsabilidade de Senna. Porém desde os treinos os veículos híbridos da Toyota já demonstravam sua superioridade, e como venceram em 2018 e 2019, de fato os números estavam a favor da montadora japonesa.

No meio da madrugada o Toyota de número #7 teve problemas mecânicos e foi recolhido para a garagem, retornando 7 voltas atrás do Rebelion #1, o carro de Bruno Senna que ocupava a P2. O carro de número #8 manteve a liderança por todo restante da prova, abrindo 5 voltas do Rebellion.

Toyota

Foto: Divulgação WEC

Como previsto, a Toyota ganhou pelo 3° ano seguido, mas a Rebellion de Bruno Senna / Gustavo Menezes / Norman Nato fez uma ótima corrida e garantiu a segunda posição, com o Toyota de número #7 ocupando a 3ª colocação.

Resultado da categoria:

 

 

LMP2

Embora não se despeça de Le Mans como a LMP1, a LMP2 sofrerá uma redução de cerca de 40cv em 2021, isto para permitir maior distanciamento entre as duas categorias de protótipos.

Toyota

Foto: Divulgação WEC

Logo no começo da corrida nosso representante brasileiro na categoria já enfrentava problemas. André Negrão, teve problemas com seu LMP2 da Signatech Alpine Elf e foi obrigado a ir para os boxes, chegando a perder 2 voltas logo no começo da corrida. As chances de uma vitória brasileira na categoria diminuíram expressivamente, embora o ritmo de Negrão e seus parceiros de equipe (Thomas Laurent e Pierre Ragues) fosse muito forte, conseguiram até fazer uma ótima corrida de recuperação, terminando em P4.

Uma curiosidade da LPM2, foi que este ano contava com uma equipe 100% feminina, a Richard Mille Racing Team #50 com Tatiana Calderon / Sophia Flörsch / Beitske Visser.

Toyota

Foto: Divulgação WEC

Foi nesta categoria também que presenciamos um dos casos mais curiosos da corrida. A equipe Jackie Chan DC Racing, do ator de mesmo nome, foi desclassificada durante a madrugada após um piloto entrar em contato com um mecânico pelo aplicativo Whatsapp enquanto dirigia o carro em uma zona de baixa velocidade.

Resultado da LMP2:

 

 

GTE-pro

Nesta categoria a atenção se voltava para o desempenho do piloto brasileiro Daniel Serra, membro da equipe AF corse, que dividia a Ferrari 488 #51 com Alessandro Pier Guidi e James Calado, que chegaram a liderar a prova por muito tempo, mas perderam a liderança para o Aston Martin #97. Durante a madrugada, Serra assumiu o volante e conseguiu reduzir bem a diferença entre os carros, mas não foi o suficiente para recuperar a liderança.

Toyota

Foto: Divulgação WEC

Este ano tivemos novamente nesta categoria uma equipe composta somente por mulheres nesta categoria, a Iron Lynx com a Ferrari 488 de número #85  pilotada por Michelle Gatting, Rahel Frey e Manuela Gostner que terminou na P34 no geral.

Resultado da GTE-pro:

 

GTE-am

A categoria GTE-am é a categoria que mistura alguns pilotos profissionais com outros gentleman Drivers. É também a categoria onde tínhamos o maior número de brasileiros, 4.

Logo no começo, o Aston Martin #98 da equipe Aston Martin Race, pilotado pelo brasileiro Augusto Farfus, o canadense Paul Dalla Lana e o inglês Ross Gunn saiu na frente e teve um ótimo desempenho. Porém teve um problema na suspensão durante a madrugada e caiu para P8 na categoria.

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Foto: Divulgação WEC

Além de Farfus, a categoria tinha também os brasileiros Felipe Fraga correndo no Porsche 911 RSR #57, Oswaldo Negri e Marcos Gomes ambos de Ferrari 488 GTE EVO com os números #61 e #72 respectivamente.

A disputa mais emocionante da prova aconteceu nesta categoria a menos de 20 min. do final da prova, quando os carros #77(Porsche), #83(Ferrari) e #56(Porsche) iniciaram uma briga pela segunda posição da categoria. Durante os minutos finais era praticamente impossível saber como ficariam as posições P2, P3 e P4, mas após muita disputa o Porsche #77 levou o segundo lugar, enquanto a Ferrari #83 ficou com o terceiro.

Resultado da GTE-am:

 

 

 

 

 

 

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